Páginas

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Décadas Passadas


Hoje sei que nosso amor percorrerá muitas décadas.
Eu era apenas uma criança, as flores da primavera me faziam sorrir, eu lutava a espera de um destino bom, desejava desde muito criança a felicidade que ainda não encontrara.
Eu a vi de perto, mas nunca a possuí, você me fez chegar tão perto, todo o meu amor foi derramado diante de ti. Os sentimentos mais puros e ingênuos.
Mas que bobagem, quem se importa com sentimentos nos dias de hoje?!
Menina boba, achas que irás casar-se com alguém, que cuidará de sua casa e filhos, no fim de semana farás doações a igreja, se sentirá limpa e feliz.
Mas não foi o que nos aconteceu não é?
Tudo que eu derramei diante de ti, foi pisoteado, cuspido, vomitado.
Tú me rejeitas-te e  tudo que eu eu fiz, foi só amar-te cada dia mais.
Mais e mais, existia em mim uma selva interna, uma selva em chamas, clamando por ti.
Chamei teu nome inumeras vezes, perdi os sentidos, os rumos,  mas hoje me vejo aqui, tão forte, escrevendo-te e sabendo que nem atenção darás as minhas tolas palavras de arrependimento.
Sim, hoje em mim moram a angústia e o arrependimento.
Arrependimento por teres deixado tu ires embora, sem ao menos beijar-lhe os lábios, por ter fingido que não me importava, e que nem sequer te amava.
Mas a verdade, é que meu amor nunca acabou, nunca foi se embora, minha selva nunca se apagou, meu peito ainda arde, ao ouvir as letras do seu nome, meus amores nunca me satisfizeram, e sei que nunca me  satisfaram.
Meu menino de nome engraçado, ainda que longe estou perto de ti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário